Me perdoe século XXI, mas não me identifico com você.
Nunca gostei dessa sua superficialidade, dessa sua insensibilidade.
Tão frio, tão monótono.
Gosto de sentir o calor das épocas passadas, viver cada conflito, lutar por cada direito, fazer parte de uma sociedade que tem do que se recordar.
Me chame de antiquada, ou do que quiser. Não mudo minha opinião.
Século XXI, você continuará sendo para mim um perfeito inútil.
Mas seria crueldade eu te acusar de forma tão injusta. Levantemos sua defesa.
Senhor Atual, parabenizo-o pela ciência, pela liberdade, pela tecnologia e pela evolução.
A ciência é a única que continua em uma avanço considerável.
A liberdade... Bom, esta não é totalmente satisfatória. Pensamos estarmos libertos, mas somos apenas servos desses anos malditos, desses poderosos senhores de nossas mentes. A cada dia ingerimos novas drogas de persuasão e ilusão. Mal nos damos conta disso.
Tecnologia, ah, como você é contraditória. Ao mesmo tempo felicita e ingrata. Reconheço sua utilidade, menosprezo sua facilidade.
Admiro a coragem dos nossos pais e avós. Deslumbro a beleza de seus objetos materiais. Encanto com sua cultura.
Porque foi tão doloroso? Poderia ter sido suave, acompanhando a leveza de seus passos de coreografias sublimes. Mas você não perdeu a graça.
Ah, ensine ao seu filho. Como que se faz uma década, um século, um ano. Retroceda o egoísmo do homem. Restaure a natureza. Reviva os bons valores. Traga de volta os bons costumes.
É a falta dos velhos hábitos que me enche de saudade. Por um tempo que não vivi. E que tampouco vou viver. Resta as lembranças. Construída a partir de terceiros. E a esperança de um dia, quem sabe, evoluirmos de verdade. E não artificialmente.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Um novo começo
E como em toda criatura, ou até objeto, passamos por evoluções. Esta é a nova fase do MOIRA SINUOSA. Depois de tantos textos depressivos, creio que já chegou a hora de receber a felicidade. Será minha vida de forma crua.
Sinto informar, mas não faço parte dos padrões de normalidade.
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