sábado, 12 de outubro de 2013
Alta Voltagem
A alta voltagem induz você a criar uma resistência maior que não libera calor, e sim ideias descortinadas que atormentam o consciente e derretem fusíveis. Fusíveis esses tão precários que tais ideias chegam ao sistema e corrompem-o, destroem-o sem tanta força, como se realizasse uma corrosão gradativa. Esse fluido mexe com seu funcionamento, lhe coloca em coma, em estado de sandice, faz-lhe viver como um selvagem; a parte. Então destrói. Explode em milhões de partículas. Até que colem cada parte você sofrerá os curtos, sofrerá o ocorrido e o que a cola juntar jamais correrá com a velocidade de outrora. Após degradar, faíscas cintilarão enquanto trafegam.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Constatação e escusa
Dos 23 (míseros) textos que tenho, o arrependimento da escrita recai sobre... 15? Melhor não contar. Se tivesse coragem apagaria todos. Mas (lá vem a contraposição) é necessário ter um passado para se arrepender. Então, perdoem-me os textos absurdos, gosmentos, sequer eu tenho ânimo para lê-los.
Pudim de mosca
Eu perdi, eu perdi todos. Perdi a mim mesma. Até que ponto a sinceridade é falsa? Até que ponto pode-se achar a verdade? A profundidade de uma vida é como uma agulha submersa; tão fina quanto frágil. Eu perdi todos meus amigos. Perdi ou fui roubada? Roubada por alguém ou por algo? Como posso culpar alguém se a homicida é quem fala? Hipocrisia. Jogar nos outros a responsabilidade por ser gentil.
Descobri que prender lágrimas dói, mas é difícil soltá-las mantendo a integridade. Tenho agora que parar de escrever por ser judiada pelos devaneios, judiada porque me comprimem e escandalizam meu estado de fragilidade e clareza mental. Então retorno ao oceano salino -chame de pleonasmo, no momento as regras já não importam. Retorno para distrair-me. Again.
Perdi a esperança por carregar a realidade. Passei a questionar a fé, tornei-me cética pelo desenvolvimento, apeguei-me à conclusão, vislumbro o fim.
Fim encarnado e doloroso - apesar de ter medo contido e incerto da dor. Como viver só? Era o que eu queria, mas a possibilidade não atendeu a meu pranto. Cretina. Disse-me esses dias que o contato era uma ordem, sem escolhas. Subjugado ao pudim como uma mosca inerte. Vivendo em um glacê enojado e fantasioso.
O fio mostrou-me a faca que dissipa tormentas, a revolução do consumismo. Toquei-a pela lâmina fresca, refletindo minha agonia. Recebi um sorriso em troca, aproveitei o respaldo de alegria e perdi-me lá.
Eu perdi meus sentidos, perdi minhas histórias, perdi meu eu-lírico, perdi todo meu passado por o considerar ruim, um argumento para o qual não tinha condições de resposta. Perdi a vida ao conjugar pela primeira vez o verbo perder.
Descobri que prender lágrimas dói, mas é difícil soltá-las mantendo a integridade. Tenho agora que parar de escrever por ser judiada pelos devaneios, judiada porque me comprimem e escandalizam meu estado de fragilidade e clareza mental. Então retorno ao oceano salino -chame de pleonasmo, no momento as regras já não importam. Retorno para distrair-me. Again.
Perdi a esperança por carregar a realidade. Passei a questionar a fé, tornei-me cética pelo desenvolvimento, apeguei-me à conclusão, vislumbro o fim.
Fim encarnado e doloroso - apesar de ter medo contido e incerto da dor. Como viver só? Era o que eu queria, mas a possibilidade não atendeu a meu pranto. Cretina. Disse-me esses dias que o contato era uma ordem, sem escolhas. Subjugado ao pudim como uma mosca inerte. Vivendo em um glacê enojado e fantasioso.
O fio mostrou-me a faca que dissipa tormentas, a revolução do consumismo. Toquei-a pela lâmina fresca, refletindo minha agonia. Recebi um sorriso em troca, aproveitei o respaldo de alegria e perdi-me lá.
Eu perdi meus sentidos, perdi minhas histórias, perdi meu eu-lírico, perdi todo meu passado por o considerar ruim, um argumento para o qual não tinha condições de resposta. Perdi a vida ao conjugar pela primeira vez o verbo perder.
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