segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Cenas guardadas na lembrança e gravadas na fotografia
Quando você sentir aquela saudade do tempo que já se foi, do tempo que não volta mais e daqueles que hoje são mencionados em frases no pretérito, busque nas caixas os álbuns perdidos, esquecidos no tempo. Retire as teias de aranha, suporte o cheiro de mofo. E abra-o. É como se toda a sua vida voltasse de súbito apenas ao tocar a poeira. Ao olhar a primeira página, com a primeira fotografia seus lábios se movem, seus dentes aparecem e então aquele sorriso grandioso ameaça nunca mais sair de sua face. Porém quem se importa? E cada foto revista, cada sentimento revivido, cada lembrança retornada traz aquela sensação de "bons e velhos tempos". Pois você sempre repete isso, nem que seja pro seu subconsciente. E ri da sua feiura, ri das palhaçadas e compara o passado e o presente como quem não quer nada. Quando chega na última página, na última foto e você percorre o dedo naquela imagem, naquela cena gravada por uma máquina, seu coração acelera, quem sabe morre. E o álbum é fechado e toda aquela vida passada novamente termina deixando emoções, pensamentos, suspiros e uma saudade que chega a gritar dentro do seu peito, querendo fugir e correr ao encontro do passado. Lembre-se das promessas, das brincadeiras, das conversas jogadas foras, e daquela coragem em realizar tudo sem ter receio de nada. Guarde a caixa, alivie seu coração, sopre a poeira que existe nele e deixe-o voltar a bater, porém agora com o presente, e até com o futuro. O passado ficará sempre na lembrança e nas fotografias guardadas, o futuro está entregue em suas mãos como um quebra-cabeça. Cada dia coloque uma nova peça no lugar, viva novos sentimentos e dê um sentido a tudo que você deixou pra trás. Faça aquelas imagens inanimadas sorrirem de alma, sorrirem por tudo que você construiu. Veja cada areia que cai da ampulheta representando as horas que você ainda tem. São poucas, porém muitas. Suficientes para viver novas histórias e guardar novas fotografias.
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