Solidão, amiga, hoje o texto é dirigido apenas a você.
Havia relações que eu jamais ousei tocar profanamente o nome. Pensava estar certa, mas hoje vejo que não deveria tê-las posto em uma posição tão privilegiada do monte. Não mereciam tamanha confiança. Foram cumplicidades e histórias, anos e meses, risos e promessas, segredos e sonhos. Todos rachados.
Sei que muitos passaram por isso, sabem do que falo. Relações que de nítidas vão embaçando com o tempo até tornarem-se opacas. Porém opacas só para você, nós. Para os outros... Ah, o que importa? Nunca foi um metal tão precioso.
Ultimamente tenho estado distante de tudo - poucos que leem este confessionário provavelmente não suportam mais conflitos bestas que partem de mim, mas repetirei quantas vezes quiser que este blog nada mais é que o desabafo deles por menor que sejam. As pessoas parecem ter criado asco por mim. A timidez que foi embora deu lugar a um silêncio incômodo para os outros. O motivo é porque não me sinto mais a vontade com ninguém. Duvido muito que alguém ainda me conheça de verdade; o "eu" livre sem ser reprimido por nada. Duvido.
Nos últimos três dias me aproximei de uma pessoa, não que isso não ocorra. Impossível. Mas foi uma aproximação verdadeira. Percebi que não existe nada no mundo que me fará mais próxima do que essa pessoa me fez. O resto realmente virou um definitivo resto.
Aqueles dos quais preciso me afastar por bens maiores tornaram-se mais íntimos e fraternos do que os que me impõem a presença.
Meu problema? Sempre acredito que as pessoas e situações vão mudar. Normalmente não mudam, mas nunca desistirei. Vou tentar até o fim, mesmo sabendo que meu afastamento piorará. Tenho medo de que se percam de mim. Que esqueçam de como eu sou.
Torço para que aprendam a se importar com o pouco que represento. Serei cada vez mais falsa com elas, e se não me ajudarem, jamais me terão de volta. Temo pelo meu desapego com o mundo. Temo sobretudo com você, solidão. Creio que no futuro só restará nós duas. E seremos felizes, eu espero. Prometa a mim, pois eu não consigo ter mais nenhum apreço nem familiaridade com os que me cercam por comodidade. De fato, passei a te amar, solidão.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
12/12/12
A igualdade se despede.
Números que não representam nada. Mas para mim e mais duas pessoas era um dia especial, em que se deveria fazer algo especial. Isso começou em 2008, o por quê? Vai saber. Superstições...? Não, apenas vontade de tornar os dias, meses e anos que caíssem iguais diferentes (contraditório querer tornar algo que é igual em desigual). Provavelmente pela exoticidade mereciam ser lembrados. Pena que todos só repararam nele agora, quando tornou-se o último. As pessoas normalmente só valorizam a última bolacha do pacote.
Esse será um texto sem sentido e fútil. Nada de relevante. Mas por meu queridinho estar dizendo-nos adeus, resolvi parar para pensar nele.
Notem que o 12 é constante em nossas vidas. A dúzia, a meia dúzia, as 12 badaladas, o mês mais esperado que é dezembro (12), o dia das crianças, doze dias para comemorar o natal, e no meu caso, os 12 grande amigos. Pouca coisa que lembro, mas fingiremos ser muito.
É apenas isso, sem maiores proporções. Queria ter proporcionado um dia feliz para ele. Até seria, mas... Mas.
Que a próxima geração valorize seus sucessores querida data. E para aqueles que consideram um mal dia, assim como a sexta-feira treze, vou tentar fazê-los mudar de ideia. Você é apenas uma vítima, não é? Deixará sua marca e ficará para trás, como um dia que passou.
Sei que o tal fim do mundo que tantos insistem em acreditar nada mais é que a sua deixa. Dizendo-nos adeus. E concretizando, uma nova fase. Onde o que é comumente abrirá espaço para as diferenças (que sejam, no mínimo, harmônicas). Talvez, se somarmos os números, ainda haja uma certa igualdade nesse tempo que virá.
Duvido muito.
Números que não representam nada. Mas para mim e mais duas pessoas era um dia especial, em que se deveria fazer algo especial. Isso começou em 2008, o por quê? Vai saber. Superstições...? Não, apenas vontade de tornar os dias, meses e anos que caíssem iguais diferentes (contraditório querer tornar algo que é igual em desigual). Provavelmente pela exoticidade mereciam ser lembrados. Pena que todos só repararam nele agora, quando tornou-se o último. As pessoas normalmente só valorizam a última bolacha do pacote.
Esse será um texto sem sentido e fútil. Nada de relevante. Mas por meu queridinho estar dizendo-nos adeus, resolvi parar para pensar nele.
Notem que o 12 é constante em nossas vidas. A dúzia, a meia dúzia, as 12 badaladas, o mês mais esperado que é dezembro (12), o dia das crianças, doze dias para comemorar o natal, e no meu caso, os 12 grande amigos. Pouca coisa que lembro, mas fingiremos ser muito.
É apenas isso, sem maiores proporções. Queria ter proporcionado um dia feliz para ele. Até seria, mas... Mas.
Que a próxima geração valorize seus sucessores querida data. E para aqueles que consideram um mal dia, assim como a sexta-feira treze, vou tentar fazê-los mudar de ideia. Você é apenas uma vítima, não é? Deixará sua marca e ficará para trás, como um dia que passou.
Sei que o tal fim do mundo que tantos insistem em acreditar nada mais é que a sua deixa. Dizendo-nos adeus. E concretizando, uma nova fase. Onde o que é comumente abrirá espaço para as diferenças (que sejam, no mínimo, harmônicas). Talvez, se somarmos os números, ainda haja uma certa igualdade nesse tempo que virá.
Duvido muito.
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